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sexta-feira, 17 de abril de 2015

sozinha em casa

filme para o fim-de-semana. marido foi para fora e só volta para lanchar no domingo. primeira noite de oito meses casados em que uma cama gigante foi só minha. mantive-me no meu canto mas desconfio que vai ser hoje que vou dar largas à imaginação e deixar pernas e braços à solta.

fui almoçar com a R e falávamos sobre o estado-casamento e como ajuda a um self-knowledge (ando a começar a ficar farta destas expressões à zeinal bava). ver de fora e tentar perceber se me casava comigo outra vez, se estivesse no lugar dele. a ideia é conseguir dizer que sim mas se for não, trabalhares no que podes mudar e melhorar. 

teorias à parte, os 120 metros quadrados que partilhamos são dos dois e meio, mais do que uma extensão do meu antigo quarto. porque se assim fosse, seriam 120 de loucura - roupa espalhada, sapatos baralhados, toalhas molhadas em cima da cama por fazer. ontem quando cheguei apeteceu-me essa extensão e como estava sozinha - filho mais novo como ele dizia, estava fora - desforrei-me: sapatos voaram, cama ficou "a arejar", coisas do pequeno almoço ficaram já ali de fora para sábado, esperei que o despertador fosse a chamada dele a acordar-me e meti uma empada home-made num saco de plástico do IKEA para safar o almoço. a vizinha lavou na mesma a casa toda com lixívia da baratinha e continuo a desconfiar que naquele T3 ninguém consegue fazer aquilo para dentro da retrete tal é o aroma a camélias frescas nas escadas. mas hoje nem isso me tirou o apetite porque saí a voar. nunca as manhãs foram tão fáceis :)

e apesar disto tudo, estou a contar as horas para voltares e trazeres de volta a moderação que me falta e que faz com que o meu oposto se sinta tão atraído pelo teu. sextas-feiras não sabem tanto a pato se não estás por aqui para festejarmos ao som de Boss AC, cantando animadamente o facto de termos suado a semana inteira, e no bolso não termos um tostão, yeah! volta Bernas, estás perdoado!

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